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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Saudade.


Imposto pra quem sente
Contra o tempo em rotação,
Vida que corre sem juízo.
Sentimento,
Vindo em contratempo,
Que dilacera o coração.
Pois quem,
Em desordem, desmistifica-se,
Na memória inóspita
Do ser bem mais do que se foi,
São as lembranças que chegam sem convite
Abrigam-se em nós,
Faz lágrima cair,
Sorriso ir e vir.
O gosto da língua, por travar,
Amar e desamar,
Amor que foi, veio e será
Na penumbra perene
Das idas e vindas,
Rima de saudade doida,
E não mais que devaneio,
De todas as coisas findas.

CLARISSA DAMASCENO MELO

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