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sábado, 15 de dezembro de 2012

O caminho mais difícil.

O mais difícil
É começar.

É incrível
O desinício
Do não tolerar.

Eu não tolero!
Não tolero os brutos sons
Que gritam agudo
Por onde devo seguir.

Vos digo apenas que começo
E eu não quero saber por onde.

Quero ter o direito de me decidir
De me ser inteira, de seguir-me inteira.

E o que eu tenho sido
São promessas do que devo ser.

Quero o prazer de escorrer nos dedos
O que for vontade minha.

É o meu começo,
O meu início,
O meu caminho,

Deixe-me trilhá-lo sentindo fé em mim.
Deixe-me dar minhas próprias passadas,
Sem as tuas mãos,
Segurando minhas esquinas.

Sem tuas mãos,
A me mostrar o caminho.

Sem teus olhos
Que se enrugam com
Vontades minhas.

Deixe-me seguir só.


CLARISSA DAMASCENO MELO

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