Se estou triste,
A culpa é minha
Que deixo meu eu
Levar-me a caminhos
Pontiagudos do ser
Aquela que sou.
Se estou triste,
Os olhos lacrimejam
Enquanto, e a qualquer segundo em que
A vida larga de tentar ser
E se finda, na esperança
Que tentou.
Se estou triste,
A culpa é dos bosques
Que fazem-me lembrar
Os verdes-flores de minha vida.
E, vendo-os em esquinas,
Em praças
Em casas de praia,
Eu choro por ser quem sou.
E meu choro é mudo,
Valente,
Engasga-se no próprio soluço
E me entristece
Faz me dura e dura permaneço
À toda essa gente.
CLARISSA DAMASCENO MELO
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