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quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Plástico-Bolha



Eu varro as formigas de meu quintal.
São pequenas e irritam a minha pele,
Têm a mania cruel de subir em mim e em mim escalar barreiras,
E só por isso as admiro.

Passo a vassoura com força
E as faço voar longe.

Eu varro formigas sem crueldade,
Somente por precisar.
E tem gente que me varre de suas vidas.
Sou descartável.

CLARISSA DAMASCENO MELO

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