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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Balas


Ela era do tipo que sorri na chuva. Acabara de descobrir um defeito no coração, mais precisamente em uma das válvulas. Que válvula era? Vai saber! Ela não queria saber... Por que ela já tivera mais de duzentos problemas de coração antes. E, no salgado daquele momento, puxou uma bala do bolso e a pôs na boca. Tão doce, tão doce, tão doce é o gosto de viver! E no sabor da sua existência, ela sabia que não pararia de sorrir. E é isso que eu acho mais bonito: Sorrir até quando a vida não deixa.
CLARISSA DAMASCENO MELO

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