É que eu não posso ignorar estes ventos fortes que agarram minha nuca. É
que eu não posso deixar de notar meu coração parar e doer. Por que,
simplesmente, ele pára e dói. E eu não posso deixar que estas tais lagartas do
meu estômago um dia deixem de existir. Por que hoje elas me maltratam, mas um
dia, quiçá ainda em seus casulos, me farão doer de amor. Aquelas borboletas de
esquina, melindrosas...
E se tais ventos hoje sopram tão frios, é que um dia ardentes serão. Não
que eu acredite nessas coisas de futuro. Não que eu precise dessas coisas de
futuro... Mas é que, sobre essas coisas de amor, eu não sei escrever.
CLARISSA DAMASCENO MELO
Caramba! Que inspirador! *--*
ResponderExcluirDá até vontade sentir o friozinho na barriga.