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domingo, 26 de fevereiro de 2012

Aquelas velhas lagartas


É que eu não posso ignorar estes ventos fortes que agarram minha nuca. É que eu não posso deixar de notar meu coração parar e doer. Por que, simplesmente, ele pára e dói. E eu não posso deixar que estas tais lagartas do meu estômago um dia deixem de existir. Por que hoje elas me maltratam, mas um dia, quiçá ainda em seus casulos, me farão doer de amor. Aquelas borboletas de esquina, melindrosas...
E se tais ventos hoje sopram tão frios, é que um dia ardentes serão. Não que eu acredite nessas coisas de futuro. Não que eu precise dessas coisas de futuro... Mas é que, sobre essas coisas de amor, eu não sei escrever.
CLARISSA DAMASCENO MELO

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