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sexta-feira, 12 de julho de 2013

Vermelha.

Fechem os olhos!
Que é para não ver o sangue escorrer de nossa foice.

O sangue que correu pelas veias
Dos que gritaram contra o povo
Já não mais corre.

Calem a boca!
Que é para não gritarem quando,
Em silêncio,
Quisermos passar.

Ergam seus braços!
Porque precisamos saber
Quem é de luta, e quem não.

Se tentarem queimar nossas bandeiras,
Faremos com que o fogo
Engula vossas carnes.

Quando o sol se pôr,
Lembraremos dos rostos
Que choraram de desespero.

Faremos com que
Os nomes dos valentes
Sejam gritados.

E os dos fracos,
Esquecidos.

Jamais calaremos
A voz dos que gritam
Por justiça.

Nem deixaremos
Com que o grito do opressor
Seja escutado.

Encontre pelo que lutar
E lute.

Falhe se tiver que falhar,
Mas, mude.

O povo que se movimenta
Não fica à sós.

A esperança,
A força,
O desejo
E a vitória se fazem presente
Às mãos de luta.

Levante-se!
Erga-se!

Teus joelhos não
Foram feitos para
O chão.

O chão,
Meus amigos,
São para os perdedores

Para nós,
As estrelas
E a vitória.

CLARISSA DAMASCENO MELO



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