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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Coisa de verbo sem verso.

Encontram-se perdidos,
Sei lá eu onde ou porque,
Os verbos, os eloquentes verbos,
Que não mais aqui estão.

Estão soltos pelas calçadas,
Pelos vácuos de nós,
Pela erudição sombria que quase ninguém entende.
Perdemos os verbos pros versos inatingíveis.

E esta perda é dolorosa.
Pois aqui estou,
Dentro de mim mesma,
A engasgar-me,
Por não saber trilhar as verdadeiras trilhas
Do contar para ser entendida.

Perco-me em mim,
De mim mesma,
Vez ou outra,
A sentir como é
Ser

E ser,
Vez ou outra,
Para ver como é
Sentir.

E sentir, pois então, vos apresento as reticências...

CLARISSA DAMASCENO MELO

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