No momento mesmo
Em que fechava meu coração
Às janelas do mundo.
Com tua calmaria e silencio
Fostes abrindo brechas
Nos muros intransponíveis
Que eu mesma criei.
Fostes ficando,
Mudo, habitado em meu mundo.
Com as pontas dos dedos
Encontrastes a delicadeza mais interna e íntima
De meu machucado ser.
E sentir a ponta dos teus dedos
Leves, serenas, afastando a distância entre nós
É poder doar-te a chave de mim.
Não precisas estar mudo, fala!
Já não suporto meu silêncio - ele grita.
Fala, que tua boca
Tranquiliza minhas retinas.
Se queres entrar,
Entra sem bater.
Puxa a cadeira, senta.
Fica.
Cdmelo.
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